Um por todos e todos por um
No sábado (22), estudantes e professores foram às ruas em protesto contra a PEC 241 na cidade de Montes Claros.
Manifestação contra a PEC 241 (Foto: Gian Marlon/ Eu jornalista)
A manifestação contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) aconteceu na manhã de sábado (22) no município de Montes Claros e contou com a presença de estudantes e professores de vários órgãos públicos e privados com cartazes e bandeiras.
A PEC 241 é o assunto mais comentado nos últimos dias e tem por finalidade modificar a Constituição com um método de aprovação discrepante do que é realizado na Assembleia Constituinte. A retenção de investimentos na área da educação, por exemplo, é um dos pontos da proposta. Isso levou acadêmicos e docentes às ruas de Montes Claros. O trânsito ficou parado por alguns minutos em algumas das principais ruas da cidade devido ao número de pessoas que impediam o tráfego dos veículos. Jovens em busca de seus direitos gritavam contra a proposta.
“É Alterar a Constituição do Brasil. A porta de entrada para outros projetos que destrói os direitos sociais, porque existem projetos inconstitucionais e sem a PEC não há como aprová-los. Se não derrubar a PEC passa sem filtro, porque somos os principais atingidos. Eu já tenho ensino superior, mas afeta todos os meus direitos e congela até concursos públicos”, disse a professora de Biologia na Escola Estadual Antonio Pimenta, Rosevânia Nunes, ao ser perguntado sobre o conceito da PEC. Para o estudante de Geografia na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Jhonata Felipe Gomes de Matos, é um congelamento dos direitos dos menos favorecidos. “É o congelamento do direito do pobre. Se não existisse esse movimento em Montes Claros, a gente seria uma minoria esquecida. Ajuda o governo ver que também estamos atentos no que acontece no Brasil”, afirmou o estudante.
O coordenador da célula no Village do Levante Popular da Juventude, Felipy Cairo Lima, expôs a finalidade do protesto. Um dos pontos segundo ele que o governo atual é golpista e quer reter gastos e investimentos. “Esse ato hoje é contra a PEC 241, o projeto de emenda constitucional proposto pelo governo Michel Temer em conluio, em apoio, com esse congresso que chamamos de congresso golpista e estamos chegando à segunda fase do golpe. Então, o ato de hoje foi um ato com o objetivo de informar a população sobre o quê que é esse projeto de emenda constitucional, um projeto que diferente de qualquer medida provisória, qualquer projeto de lei; ele exige uma instância maior de aprovação por parte do congresso. Estamos falando de taxar mais os ricos e taxar menos os pobres. Esse ato é um ato com o objetivo de informar a população, de convocar a população a se manifestar, a se colocar contrária e, é só o início”, argumentou o coordenador.